quinta-feira, 9 de abril de 2009

O PODER DA DOÇURA

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que nascia tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo.
Aos poucos, o rio foi tomando volume e, bem mais adiante, dividiu-se em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu o viajante, que foi descendo pelas pedras ao lado de uma das cachoeiras. Ali, finalmente descobriu uma gruta.
Ali, com paciência, a natureza criara caprichosas formas.
O viajante foi entrando e admirando as rochas gastas pelo tempo. De repente, descobriu uma placa.
Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos.
Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura em 1913.
"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."
Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.
E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem.
São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa de discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo...

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